Caso Yasmin Gabrielle e a depressão em adolescentes.

Domingo (21) de manhã fomos surpreendidos pela notícia da morte da Yasmin Gabrielle, 17, ex- assistente de palco do Raul Gil. Yasmin sofria com depressão e a principal suspeita é que a menina tenha cometido suicídio. Podemos usar o momento para levantar uma discussão sobre a depressão na adolescência.

Atualmente o tabu, junto com o estilo de vida moderno, vem contribuindo para o aumento dessa doença. Os adolescentes estão cada vez mais expostos à cobranças e pressões que por muitas vezes não deveriam ser de sua responsabilidade.

Biologica e psicologicamente a adolescência é uma fase muito intensa, com mudanças muito bruscas que requerem atenção e compreensão. É uma fase de muita socialização onde a pessoa começa a formar sua identidade e se encontrar em grupos, que indiretamente, podem cobrar certos comportamentos ou bens matérias para que o adolescente “se encaixe”. Outro fator gerador de estresse nessa idade são os estudos e o vestibular, além de situações mais particulares como um luto na família, casos de estresse.

É importante que os pais prestem atenção em seus filhos e notem sinais de alerta que possam indicar depressão, e se for o caso, levar o adolescente ao psiquiatra e psicólogo. Como os sintomas não são físicos, a doença se mostra principalmente pelo comportamento, sendo eles:

  • Falta de animo
  • Desinteresse por assuntos que antes eram interessantes
  • Diminuição das atividades cotidianas
  • Alterações no sono
  • Baixa autoestima

A depressão não tem uma fórmula pronta, cada pessoa apresentará a doença à sua maneira e cada tratamento deverá ser moldado de acordo com isso.

É importante não negligenciar ou desdenhar a depressão por considerar o adolescente muito “intenso” ou “rebelde”. A doença existe e causa sofrimento intenso. Já chamada de “a doença do século”, o número de casos aumenta cada dia mais. A previsão da OMS (organização mundial de saúde) é que até 2020 a depressão seja a doença mais incapacitante do mundo. Atualmente estima-se que 300 milhões de pessoas enfrentam essa doença.

Além de toda a dificuldade e sofrimento que a doença traz, o paciente com depressão enfrenta a ignorância e preconceito da sociedade. Por não serem visíveis como uma gripe ou um braço quebrado, as doenças mentais são taxadas de frescura, falta do que fazer, e até preguiça. Mas por mais que algumas pessoas as neguem ou diminuam, essas doenças são extremante graves e incapacitantes.

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