Colite Ulcerativa – Mês da conscientização das doenças inflamatórias intestinais.
Finalizando o mês de conscientização das doenças inflamatórias intestinais, falaremos sobre a colite ulcerativa. Diferente da doença de Crohn, a colite não afeta todo o sistema gastrointestinal, a inflamação ocorre no reto e cólon.
É comum se manifestar dos 15 aos 30 anos tendo como causa principal a hereditariedade, mas o fator emocional é decisivo para manifestações sintomáticas, e é uma doença crônica e autoimune assim como o Crohn.
A Colite pode ser classificada como leve, grave ou moderada dependendo da intensidade dos sintomas. Além disso a doença é classificada de acordo com a extensão de intestino afetada pela inflamação.
Tipos
A colite pode se apresentar como:
Proctite ulcerativa: A inflamação se concentra no reto.
Proctosigmoidite: a inflamação acomete o reto e o colón sigmoide.
Colite do lado esquerdo: inflamação um pouco mais intensa que a anterior, afeta a parte esquerda do intestino grosso.
Pancolite: tipo que pode chegar a afetar todo o intestino grosso.
Colite ulcerativa severa aguda: além de afetar todo o intestino grosso tem níveis mais intensos de inflamação.
Sintomas:
Os sintomas da Colite são:
- Dor abdominal intensa;
- Diarreia;
- Sangue nas fezes;
- Muco nas fezes;
- Perda de peso;
- Febre;
- Fadiga;
- Inflamação no olho;
- Inflamação nas articulações;
- Náusea.
Além dos sintomas, é normal que apareçam alguns problemas causados pelos sintomas:
- Anemia;
- Deficiência de nutrientes;
- Desidratação;
- Queda de cabelo.
Quanto à gravidade, a retocolite pode ser:
Leve: Quadro com inflamação leve, em momentos de crise o paciente pode ter até 5 episódios de diarreia por dia, pode ter pouca dor e pouco sangramento.
Moderada: Sinais mais presentes, a pessoa geralmente perde peso, sente mais dor e tem evacuações com sangue, chegando a ficar anêmico em alguns casos.
Grave: Inflamação intensa, com mais de 20 evacuações por dia, com perda significativa de sangue e peso. O paciente nesse nível tem dificuldade em se alimentar e geralmente precisa ser hospitalizado. Além disso algumas pessoas enfrentam resistência com o tratamento.
Tratamento
O tratamento é parecido com o da doença de Crohn, o médico e o paciente escolherão juntos o melhor tratamento, analisando os prós e contras de cada um, e prezando pela qualidade de vida.
Tanto os anti-inflamatórios quanto os corticoides tem como objetivo conter a inflamação e induzir a remissão. Nos casos mais graves, é indicada a imunossupressão, que consiste em medicações subcutâneas ou por infusão, que agem diminuindo a ação do sistema imunológico (que é o responsável pela doença).