Maio Roxo – Mês da conscientização das DII

Maio é o mês internacional da conscientização das doenças inflamatórias intestinais (DII), uma DII é uma condição crônica e autoimune onde o intestino (inteiro ou partes dele) ficam inflamadas. Os tipos mais comuns são a Retocolite ulcerativa e a doença de Crohn. Por ser crônica, não há cura, porem há tratamento. E autoimune quer dizer que é uma condição causada pelo próprio organismo da pessoa, o próprio sistema imune causa a inflamação.

Sintomas

Geralmente o paciente com DII já nasce com a doença, e a desenvolve durante a vida, tendo uma crise que eclode a doença, proporciona o diagnóstico e onde é iniciado o tratamento.

Os primeiros sintomas podem incluir:

  • Dor abdominal intensa;
  • Sangue nas fezes;
  • Diarreia intensa.

Outros sintomas vão variar de acordo com a doença que for diagnosticada.

Diagnóstico

O diagnóstico é feito por um gastroenterologista ou proctologista, após o relato do paciente e do exame de colonoscopia.

A colonoscopia é feita com o paciente sedado e anestesiado, é inserido um tudo fio com uma câmera na ponta no anus, e são feitas imagens da porção do intestino que o médico julgar necessário. O intestino inflamado apresenta coloração avermelhada, úlceras e em casos mais graves, até fístulas. Esse exame é o mais efetivo para o diagnóstico da doença.

Tratamento

O tratamento tem o objetivo de induzir uma remissão na doença, ou seja, “colocá-la para dormir”.

Existem algumas classes de antinflamatórios específicos para o intestino, são o primeiro tratamento a ser tentado, mas nem todo paciente mostra resposta.

Há também o tratamento com corticoides, que ajudam a controlar um pico de inflamação no intestino.

E nos últimos anos, algumas novas medicações vêm sendo desenvolvidas para essas doenças autoimunes, são os imunossupressores biológicos que atuam no sistema imunológico do paciente. Essa medicação geralmente é administrada por via venosa (por uma veia) ou subcutânea (injeção embaixo da pele). Apesar de mais moderno esse tratamento é direcionado para pacientes com a doença em nível grave a moderado.

Em casos mais graves pode ser realizada uma cirurgia de remoção de parte do intestino, essa cirurgia implica no uso da bolsa de colostomia por pelo menos um período após a cirurgia, ou pela vida toda.

Alguns pacientes relatam que o estresse e a ansiedade podem agravar os sintomas, portanto é comum o médico que acompanha o caso encaminhar para um acompanhamento psicológico.

Se você apresenta sintomas ou já tem o diagnóstico de uma doença inflamatória intestinal, não se automedique, algumas medicações podem agravar o quadro, só um médico especialista saberá ajustar o tratamento.

Alimentação

É comum que a inflamação altere a dieta do paciente, algumas restrições são feitas para alívio dos sintomas, é importante frisar que a doença não acontece nem se inicia por conta da alimentação da pessoa, essa doença é um processo que ocorre de dentro para fora. As mudanças mais comuns na alimentação são:

  • Diminuição do consumo de açúcar;
  • Diminuição d o consumo de legumes, verduras e frutas com muitas fibras;
  • Diminuição do consumo de café;
  • Diminuição do tamanho das porções (fazendo mais refeições menores durante o dia).

De novo, as alterações na alimentação variam de acordo com o tipo de doença e, principalmente, varia de pessoa para pessoa, cada organismo responde diferente a cada alimento.

Vida com a doença

Após descobrir a doença e iniciar o tratamento o paciente pode enfrentar um período de adaptação até encontrar a medicação mais adequada, e a dieta que mais ajude no controle dos sintomas.

Uma inflamação leve pode não interferir na rotina da pessoa, porém quanto mais grave, mais limitações. Os efeitos secundários da doença, como anemia ou as fistulas, podem também atrapalhar na rotina.

O ideal é que o tratamento, ao induzir a remissão, proporcione uma recuperação à pessoa, que poderá retomar suas atividades.

As dii são doenças que se não forem tratadas corretamente podem piorar, levando à outras doenças, como câncer de intestino, ou até a morte. Além das medicações, o ideal é que o paciente tenha o acompanhamento de perto de um médico especializado na doença, e que o visite regularmente, mesmo em remissão.

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