Tuberculose: Sintomas, transmissão, tratamento e prevenção.

A tuberculose é uma doença infecciosa e contagiosa, podendo evoluir para a forma crônica , causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch. A doença afeta principalmente os pulmões, mas pode prejudicar também os ossos (causando fraturas e dor), intestino (obstrução intestinal), a pele (lesões e úlceras), sistema nervoso central (meningite, dor de cabeça, confusão mental e coma), olhos (perda parcial ou total da visão).  A bactéria pode ser transmitida diretamente de pessoa para pessoa e pode já estar no organismo de um indivíduo “adormecida”, sendo ativada quando a imunidade baixa.

Sintomas:

Os sintomas variam de indivíduo para indivíduo, pois cada um tem um sistema imune diferente. Algumas pessoas podem não apresentar sintomas, enquanto outras podem apresentar. As crianças têm os mesmos sintomas que os adultos com tuberculose têm. A doença pode ser pulmonar ou extrapulmonar. Os sintomas gerais costumam ser:

  • Sudorese noturna;
  • Perda de peso;
  • Febre baixa, constantemente;
  • Cansaço ou fadiga;
  • Falta de ar;
  • Falta de apetite;
  • Tosse, com ou sem secreção (escarro esverdeado ou amarelado);
  • Tosse com sangue;
  • Tosse por mais de 3 semanas.

Em casos mais graves o paciente pode apresentar também colapso do pulmão, dor no peito e acúmulo de pus na pleura.  

A Tuberculose extrapulmonar é um tipo de Tuberculose que atinge: Intestino, rins, ossos e meninges, e os sintomas costumam ser os mesmos da forma pulmonar (citados acima), mas sem sintomas respiratórios (tosse com sangue). Caso identificado alguma manifestação da doença, deve-se confirmar o diagnóstico de tuberculose intestinal, renal, pleural, urinária ou miliar.

Transmissão:

A doença é transmitida pela bactéria (Bacilo de Koch ou Mycobacterium tuberculosis). A transmissão acontece de pessoa para pessoa de forma direta, por isso locais fechados, com pouca ventilação e muitas pessoas, são ambientes mais propícios a uma infestação. A via de transmissão é aérea, ou seja, uma pessoa com tuberculose expele pelo ar gotículas de saliva, através de tosse, espirro e enquanto fala, infectando outra pessoa quando a mesma aspira essas gotículas.

Um indivíduo pode ter a bactéria “dormente” no organismo e no momento em que a imunidade baixar, ela pode ficar ativa. Crianças com tuberculose pulmonar costumam ser negativas à baciloscopia (exame para identificar o bacilo ou bactéria).  As pessoas com desnutrição, tabagismo, que usam drogas e tem diabetes correm um risco maior de ter a doença, pois a bactéria se multiplica mais facilmente, podendo ser desenvolvida a infecção.

Caso a pessoa seja infectada, o maior risco de desenvolver a doença costuma ser nos primeiros dois anos, mas pode manifestar-se em qualquer momento no decorrer da vida. A doença não pode ser transmitida por troca de saliva, apenas quando uma pessoa saudável inala a bactéria, além disso, não é transmitida por copos, talheres e outros objetos compartilhados.

Tratamento:

A tuberculose tem cura, porém a doença pode voltar a se manifestar novamente (queda da imunidade). Caso o tratamento não seja feito de maneira adequada ou interrompido, as bactérias podem tornar-se resistentes e intratáveis. Após duas semanas, ou até menos de tratamento o paciente deixa de transmitir o bacilo.

O tratamento consiste no uso de antibióticos, por no mínimo 6 meses, período em que o paciente ainda pode ter resquícios da doença em seu organismo. Quando o paciente apresenta imunodeficiência ou a doença acaba por atingir ossos e sistema nervoso central, o tratamento deve durar 12 meses.

Familiares e pessoas que convivem com quem teve ou tem a doença devem ser examinadas e tratadas se necessário de acordo com orientações do médico, para evitar a propagação da doença.

Prevenção:

  • Bebês recém-nascidos ou crianças de até 4 anos e 11 meses devem ser vacinadas com BCG (Bacillus Calmette-Guérin). A vacina não é indicada nos casos de crianças soropositivas ou recém-nascidas que apresentem sinais ou sintomas da AIDS. Já as crianças soropositivas assintomáticas ou filhos de mulheres soropositivas assintomáticas podem tomar a vacina normalmente. A hipersensibilidade a qualquer um dos componentes presentes na vacina é um fator que a torna contraindicada;
  • Evite locais fechados e sem ventilação;
  • Evite colocar as mãos nos olhos, boca e nariz sem que elas estejam lavadas ou limpas;
  • O diagnóstico e tratamento precoce do portador da doença fazem com que diminua ou seja extinta a possibilidade de contágio mais rapidamente;
  • Familiares e pessoas próximas da pessoa infectada devem fazer exames e se necessário iniciar o tratamento de acordo com as orientações do médico;
  • Ter um estilo de vida saldável, boa alimentação, não fumar e não beber exageradamente, pois pessoas que bebem e fumam estão mais expostas e propensas a desenvolver a infecção.

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