O que é TOC?

TOC é a sigla para transtorno obsessivo-compulsivo, que é um distúrbio psiquiátrico de ansiedade. Uma das principais características do transtorno são crises recorrentes de pensamentos obsessivos, intrusivos e em alguns casos comportamentos compulsivos e repetitivos. O TOC é caracterizado pelo fato de que o paciente apresenta vários comportamentos e/ ou pensamentos repetitivos e insistentes, atormentando o sujeito, que como forma de lidar com isso, cria uma compulsão por fazer alguns “rituais”, comportamentos repetitivos e irracionais que seguem um padrão de regras e etapas, estabelecidas pelo próprio indivíduo. Esse comportamento pode ser muito prejudicial e trazer impactos negativos na vida profissional, pessoal e social.  Por trás dos rituais há ansiedade e angústia encobertas, pois são inconscientes e desconhecidas pelo indivíduo. Os rituais e pensamentos, ou comportamentos compulsivos só podem ser controlados se o que estiver por trás disso, puder se tornar transparente e consciente. O comportamento pode ser agravado caso a doença não seja tratada, diante de um evento estressante ou traumático. De modo geral, os rituais se desenvolvem nas áreas da limpeza, colecionismo, checagem ou conferência, contagem, organização, simetria, e podem variar conforme a evolução da doença. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 1 a 2 % da população Mundial tem TOC. 

Classificação:

O TOC pode ser classificado em dois tipos:

  • Transtorno obsessivo-compulsivo-subclínico, em que as obsessões e rituais são repetidas com frequência, mas não atrapalham a vida do sujeito;
  • Transtorno     obsessivo-compulsivo propriamente dito, em que as obsessões são persistentes até o exercício da compulsão que trás certo alívio a ansiedade.

Quais os sintomas?

Os principais sintomas do transtorno compulsivo-obsessivo são a obsessão e compulsão, mas é bem comum que o paciente desenvolva apenas um dos dois tipos de sintomas. Os sintomas da obsessão são caracterizados por uma série de imagens, pensamentos e ideias que surgem na cabeça do paciente, sendo insistente e repetidamente sem que haja controle por parte do indivíduo. É comum a obsessão vir seguida da compulsão, que é uma maneira de livrar-se da própria ansiedade através de rituais e comportamentos repetitivos. A obsessão em um indivíduo com o TOC pode ser manifesta isoladamente. Casos mais comuns na doença podem ser:

  • Pensamentos compulsivos, que podem não fazer sentido, como por exemplo, medo extremo de se contaminar por germes;
  • Pensamentos indesejados;
  • Pensamentos agressivos (autoagressão por exemplo);
  • Comportamento obsessivo, alivia a ansiedade causada pelos pensamentos compulsivos, limpar sem parar alivia o medo de germes, por exemplo.

Os sintomas da compulsão são comportamentos repetitivos que o sujeito sente necessidade de executar para reduzir ou aliviar a ansiedade causada pela obsessão, mas a realização dos rituais não traz conforto para o paciente, sendo que o alívio da ansiedade é apenas temporário. Os sintomas do Transtorno compulsivo obsessivo podem variar de intensidade durante toda a vida do paciente, dependendo também do tratamento com medicamentos e psicoterapia aderidos. É comum que as crises sejam mais intensas ou agravadas quando o indivíduo está passando por uma situação estressante, mas também podem oscilar aleatoriamente sem que haja nenhum desencadeante específico.

Há cura ou tratamento?

Há tratamento psicológico e psiquiátrico para o transtorno. O tratamento ajuda no controle dos sintomas e não permite que interfiram ainda mais na vida do indivíduo. As pessoas com o transtorno necessitam de tratamento para a vida toda, podendo ser com medicamentos ou psicoterapia, que são as principais formas de tratamento para a doença.

O tratamento costuma ter mais eficácia se houver a combinação dos medicamentos com a psicoterapia.  Na psicoterapia o paciente tratará o que lhe causas ansiedade e assim conseguirá combater os comportamentos obsessivos. O processo continua até o momento em que o paciente consiga aprender maneiras saudáveis de lidar com a própria ansiedade. Já os medicamentos ajudam a controlar as compulsões e obsessões do paciente.

É comum optar por antidepressivos, mas também há outras medicações como ansiolíticos e antipsicóticos para tratar os sintomas do TOC. Apenas um profissional poderá indicar qual o medicamento adequado para cada caso, por isso, não se automedique.

É importante não interromper o uso do medicamento sem informar o médico. As medicações podem levar algumas semanas até que a melhora seja percebida. Quando há melhora é comum que o paciente pare de tomar por achar que já está curado, mas só o psiquiatra saberá o momento ideal de iniciar o desmame da medicação.

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