Malárias: sintomas, Transmissão, ciclo, tratamento e prevenção.

A Malária é uma doença infecciosa aguda, que pode tornar-se crônica, causada por parasitas do gênero Plasmodium, transmitidos pela picada da fêmea do mosquito Anopheles. Segundo a Organização mundial da saúde (OMS), a Malária mata uma criança africana a cada 30 segundos, Crianças sobreviventes sofrem danos cerebrais graves, resultando em dificuldades de aprendizado.

Sintomas:

Os sintomas podem demorar entre uma à duas semanas para aparecer, mas vai depender da espécie de plasmodium com que a pessoa foi infectada. A doença aparenta ser uma gripe, pois os sintomas são parecidos:

  • Fadiga;
  • Dor de cabeça;
  • Febre;
  • Vômitos;
  • Sudorese;
  • Diarreia;
  • Calafrios;
  • Dor nas articulações e abdominais;
  • Falta de apetite;
  • Tonturas;

Conforme a doença for progredindo outros sintomas como insuficiência renal, convulsões e dificuldade na respiração podem surgir.

Transmissão:

A malária é transmitida através da picada da fêmea infectada do mosquito Anopheles. A transmissão é mais frequente em áreas rurais, mas pode ocorrer em áreas urbanas. O risco de contágio por Malária é maior no período noturno e crepúsculo. O mosquito sobrevive apenas em áreas com temperaturas mínimas superiores a 15°C, com bastante umidade. Os machos vivem de seivas de plantas. As larvas desenvolvem-se em águas paradas, nas épocas de muita chuva. Formas de transmissão comuns:

  • Gestantes podem transmitir a doença para o feto durante a gravidez;
  • Compartilhamento de seringas ou agulhas (usuários de drogas);
  • Acidentalmente por transfusão de sangue;
  • Contato de sangue de uma pessoa infectada com o sangue de outra saudável.

Quais os tipos de parasitas da Malária:

Existem vários tipos de plasmódios, mas os 4 príncipais que interagem com o homem são: Plasmodium vivax, Plasmodium falciparum, Plasmodium malariae e Plasmodium ovale. O Plasmodium ovale é típico da África, e os outros três tipos podem ser encontrados no Brasil.

Ciclo da Malária:

O mosquito não infectado pica um indivíduo já infectado, se alimentando do sangue com protozoários. Quando o mosquito encontra outro indivíduo saudável para se alimentar, libera uma quantidade de parasitas na corrente sanguínea. O Plasmodium viaja até o fígado e fica alojado até a maturidade, que varia dependendo do tipo ou espécie do parasita. Já na fase madura, os parasitas viajam até a corrente sanguínea e se multiplicam nos glóbulos vermelhos, resultando na destruição das células e surgimento dos sintomas. Após todo esse processo, se um mosquito não infectado picar um indivíduo enfermo, ele passa a carregar os parasitas e o ciclo reinicia-se novamente.

A Malária tem cura e tratamento:

Apesar de não existir vacina contra a doença, ela tem cura, basta tomar as medicações corretamente para eliminar os parasitas do organismo. Caso o paciente não seja medicado corretamente, os parasitas podem tornar-se resistentes, fazendo com que a doença seja intratável. O tratamento deve ser definido de acordo com alguns critérios como: Qual tipo de parasita encontra-se presente no organismo (podem ser mais de um), se o portador da doença é uma gestante, a idade do paciente e gravidade dos sintomas. O fator de cura não significa que a pessoa nunca mais poderá ser infectada pela doença. No caso de um indivíduo adquirir a doença várias vezes, é possível uma imunidade parcial, fazendo com que os sintomas não sejam tão graves quanto na primeira infecção, porém a imunidade parcial só é presente enquanto o indivíduo tem contato frequente com os protozoários, quando a pessoa perde esse contato frequente e volta a adquirir a doença novamente depois de um tempo, ela tem sintomas graves iguais a uma pessoa que nunca teve Malária. Não há registros de imunidade total contra a doença. As complicações por falta de tratamento, demora no diagnóstico e resistência dos protozoários ao medicamento, podem levar a anemia e falência de órgãos, resultando muitas vezes à morte. No caso das gestantes os sintomas podem ser diferentes, pois a febre pode ser mais alta ou ausente e não tem o mesmo padrão de diminuir e reaparecer após alguns dias, também podem apresentar tosse, diarreia, mal-estar dores de cabeça e musculares, anemia. Nas gestantes o diagnóstico é mais difícil, pois os parasitas viajam para placenta, fazendo com que os exames de sangue não detectem o plasmodium. Apesar de possíveis consequências para a mãe e o bebê pela infecção, há tratamentos específicos para as gestantes dependendo do período da gestação.

Prevenção:

  • Usar repelente de 4 em 4 horas (no caso de muito suor 2 em 2 horas e após nadar ou molhar o corpo);
  • Usar calças e blusas de mangas compridas quando estiver ao ar livre;
  • Telas em portas e janelas;
  • Manter-se distante de áreas de transmissão como rios e áreas alagadas;
  • Caso viaje para regiões onde há muita transmissão, procure um especialista para tomar medicações de prevenção (antes, durante e depois da viagem);
  • Em regiões de transmissão, evite sair durante a tarde e a noite, pois é o período em que o mosquito mais pica;
  • Uso de repelentes à base de Icaridina, no caso das gestantes e crianças.
  • Medidas de prevenção coletiva podem ser: drenagens, uso de mosquiteiros, aterro, modificação do fluxo da água, limpeza de margens de criadouros, obras de saneamento para eliminação de criadouros e controle da vegetação aquática.

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